No penúltimo capítulo da série sobre procedimentos estéticos associados à cirurgia bariátrica, falaremos sobre lifting da parte inferior do corpo. Nas semanas anteriores, já falamos sobre lifting de braço, lifting de face e pescoço, lifting de seios e lifting de coxas.
No lifting da parte inferior do corpo, a flacidez da pele do abdômen, culotes, nádegas, quadris e cintura são corrigidos a partir de incisões circulares realizadas para remover um “cinturão” de excesso de pele e gordura.
Quando as pessoas adquirem muito de peso geralmente a gordura localiza-se em torno da porção inferior do tronco, na frente, nos lados e nas costas – logo abaixo das costelas até a região pélvica. Ao perderem peso, acabam com um excesso de gordura e pele que é mais evidente na frente, muitas vezes parecendo um avental.
No entanto, esse excesso de pele não para na frente e, na maioria das vezes, se estende para os lados e para a parte traseira, envolvendo os culotes, costas e nádegas. Este tipo de problema é chamado de excesso de circunferência.
Para tratá-lo, uma lipectomia em cinto é frequentemente empregada, ou seja, remove-se uma faixa de tecido em torno do tronco inferior para o tratamento de toda a região a fim de que a melhora seja a maior possível. Apesar de uma abdominoplastia, que trata só a frente (região abdominal), poder ser realizada em alguns pacientes com maciça perda de peso, os resultados são muitas vezes aquém do ideal, porque os lados e as costas não são adequadamente tratados.
Os candidatos para a elevação inferior do corpo devem ter estabilizado o peso.
Técnicas cirúrgicas e duração
O lifting da parte inferior do corpo envolve a remoção de uma cunha circunferencial de tecido: na frente envolve a remoção do avental de pele e gordura e reforço da parede muscular subjacente, que é muito semelhante ao que é realizado em uma dermolipectomia abdominal; na parte de trás, o paciente tem de ser posicionado na sala de operações para permitir a exposição dessas áreas. Ao mesmo tempo, costuma-se realizar também a lipoaspiração das coxas.
Não há como precisar a duração total do procedimento, pois cada caso varia conforme o número de intervenções que serão realizadas.
Efeitos colaterais
Felizmente, as complicações significativas do lifting da porção inferior do corpo são raras, mas qualquer um que considera a cirurgia deve estar ciente de ambos os benefícios e riscos. Pode haver assimetrias na posição da cicatriz, cicatrização hipertrófica ou queloidiana, perda de sensibilidade na pele descolada e abaulamentos resultantes de seromas. Porém, todas essas condições são bastante raras e podem ser corrigidas facilmente por meio de retoques cirúrgicos.
Recuperação e cuidados pós operatórios
- Este procedimento pode levar de 3 a 4 semanas para cicatrizar;
- Alguns cirurgiões preferem usar malhas de compressão;
- A maioria dos pacientes podem ser instruídos a caminhar curvados por uma semana;
- Geralmente, os pacientes terão que ficar com drenos para escoar o sangue e fluidos corporais, das áreas que foram operados, por uma quantidade variável de tempo, de alguns dias até semanas;
- O resultado final pode não ser aparente até que todo o inchaço tiver resolvido o que pode demorar até um ano para este tipo de procedimento.
- A dor pós-operatória é subjetiva e varia consideravelmente de pessoa para pessoa.
- Os pacientes submetidos a uma cirurgia de lifting inferior do corpo geralmente tomam por alguns dias medicações habituais para tratar a dor e a sensação de desconforto.
- Durante um período de 7 a 10 dias a maioria das pessoas para de tomar analgésicos por não mais necessitá-los.
- Quase todas as cirurgias de lifting inferior do corpo são realizadas sob anestesia geral, podendo ser combinada com anestesia peridural, principalmente para controlar a dor pós-operatória.
A abdominoplastia irá melhorar o seu contorno corporal pois seu abdômen ficará mais firme e liso, levando o paciente a ter uma sensação mais confortável em relação às roupas e de mais confiança sobre a aparência.
As incisões do procedimento vão esmaecer ao longo do tempo. É importante saber, entretanto, que as cicatrizes nunca somem totalmente. Em alguns casos, eles acabarão por ser apenas linhas ténues. Certos indivíduos podem ter cicatrizes que são mais visíveis. Felizmente, as incisões para a abdominoplastia são normalmente em locais escondidos por maiôs de banho e roupas íntimas.
