Mesmo diante do bom planejamento e da execução bem-sucedida de uma cirurgia de implante mamário, podem ocorrer mudanças que levem à necessidade de proceder à troca do implante, relacionadas diretamente a ele ou a transformações naturais no tecido mamário, como após o parto e a amamentação.
As principais razões para a cirurgia de troca de próteses
No rol de razões mais comuns para a cirurgia de troca de prótese estão:
- Desejo de mudar o tamanho ou o tipo do implante;
- Contratura capsular – quando o corpo “rejeita” o implante e a membrana que o envolve pressiona a prótese até seu rompimento;
- Ruptura do implante;
- Deformidade em dupla-bolha;
- Ptose (“queda” do seio).
Técnicas cirúrgicas para troca de implante
As incisões usadas dependerão de quanta mudança é necessária, já que, em alguns casos, há possibilidade de se usar a cicatriz original da cirurgia anterior. Em caso de realizar a elevação da posição do mamilo e da aréola, haverá a necessidade de cicatrizes em T invertido ou L. Uma incisão ao redor da aréola nos casos mais simples, em que não é preciso muita elevação, é o suficiente.
Por vezes, quanto maior for a necessidade de elevação do complexo aréolo-mamilar, será necessária outra incisão vertical, executada a partir da borda inferior da aréola para o sulco mamário. A terceira incisão é horizontal, abaixo do peito, e segue a curva natural da mama. Se os mamilos precisam ser levantados, os mamilos e as aréolas permanecem aderidos aos tecidos subjacentes, e isso geralmente permite a preservação da sensibilidade e da capacidade de amamentar.
Duração do procedimento e efeitos colaterais
A cirurgia de simples substituição da prótese pode ser feita com anestesia local e sedação, levando em média uma hora. Se outros procedimentos têm de ser associados, como, por exemplo, uma mastopexia, a anestesia terá de ser geral ou bloqueio peridural, com tempo cirúrgico não excedendo três horas, em geral.
Como efeitos colaterais, sublinha-se que o encapsulamento mamário pode recidivar em alguns poucos casos, assim como haver assimetrias e perda de sensibilidade.
Recuperação, cuidados pós-operatórios e riscos
O pós-operatório, em geral, é pouco doloroso. Deve-se manter o curativo original pelo tempo que o médico recomendar. Após a retirada do curativo as incisões devem ser lavadas com sabonete neutro na hora do banho e nenhuma pomada ou líquido deve ser colocado sem a expressa autorização médica.
Já movimentos amplos dos braços devem ser evitados por pelo menos quatro semanas. A isso se soma o uso de um sutiã modelador por 30 dias.
Os riscos deste procedimento se assemelham aos riscos básicos de qualquer cirurgia. Os mais comuns são hematomas, infecções e necroses teciduais. Porém essas intercorrências são extremamente raras.
Ao fim e ao cabo, a paciente levará vários dias para voltar às atividades físicas habituais. No entanto, após a cirurgia de revisão da mama, é importante para a recuperação levantar-se e movimentar-se. Muitas vezes é possível retornar ao trabalho dentro de 7 a 10 dias, dependendo do tipo de atividade exercida. Já a atividade física pesada deve ser evitada por pelo menos quatro semanas após a cirurgia. Depois disso, deve-se ir retornando gradualmente as atividades sem forçar os limites de seu corpo, sempre com orientação médica.